Depreciação contábil

Por Marketing Zannix Brasil – 14 de março de 2022.

 

Para quem investe no mercado de capitais, compreender o conceito de depreciação é fundamental. Inclusive para que se entenda melhor a definição do Ebitda, que é considerado por muitos analistas como uma proxy da geração de caixa de uma companhia.

 

Mesmo assim, muitos investidores não conhecem, ainda, o racional que existem em relação à depreciação. Dessa forma, o objetivo desse artigo é justamente minimizar essa incompreensão bastante comum observada no mercado.

 

O que é depreciação?

 

A depreciação pode ser entendida como um recurso contábil que tem por objetivo atribuir um custo financeiro de um ativo tangível ao longo da sua vida útil. Neste sentido, as empresas consideram esse tipo de conceito contábil dos seus ativos de longo prazo para fins fiscais e contábeis.

 

Vale ressaltar nesse ponto que a depreciação é um cálculo contábil e, portanto, é importante compreender o significado de depreciação na contabilidade. Ou seja, para aplicar a depreciação sobre um bem, os responsáveis por uma empresa ou detentores de um bem deve observar os conceitos pré-estabelecidos pela IN nº 1.700/2017 e verificar como executá-los sobre os bens da empresa.

 

Além disso, há tipos diferentes de depreciação na contabilidade, sendo a principal a depreciação linear. Todavia, é importante compreender como funciona cada um dos tipos de depreciação, visto que a depender dos bens ou da estrutura organizacional da empresa pode ser mais vantajoso utilizar um outro tipo.

 

Para fins fiscais, as empresas podem deduzir o custo dos ativos tangíveis que compram como despesas comerciais. No entanto, as empresas devem depreciar esses ativos de acordo com as normas contábeis que dizem respeito e quando a dedução pode ser efetivamente estabelecida.

 

Normalmente este é um recurso contábil geralmente avaliado como um conceito difícil para quem se propõe a estudar sobre contabilidade, pois não representa, de fato, o fluxo de caixa real. Essa confusão ocorre justamente porque não há movimentação de caixa relacionada à depreciação, o que difere da amortização e elucida o fato desse recurso ser contábil e não financeiro.

 

A depreciação é uma convenção contábil que permite que uma empresa anule o valor de um ativo ao longo do tempo. Contudo, para fins de contabilidade, a despesa relacionada a esse conceito contábil não representa uma transação de caixa, apesar de ser utilizado como se fosse um custo de depreciação.

Como funciona a depreciação?

 

Como apontado, a depreciação é utilizada como um mecanismo contábil que atribui um custo para os bens ao longo do tempo. Na prática, a depreciação funciona como uma forma de atualizar o valor de um bem ao longo do tempo, calculando de forma padronizada a redução do valor desse bem gerada pelo desgaste da utilização.

 

Dessa forma, conforme um bem é utilizado ao longo do tempo, ele vai perdendo seu valor, ou seja, o valor desse bem fica depreciado. Na prática, os bens se desgastam naturalmente ao longo do tempo e vão ficando obsoletos, basicamente há depreciação de capital.

 

Sendo assim, é calculado um percentual de desgaste desse bem que é aplicado sobre o valor para que se chegue ao valor atualizado do bem. Nesse sentido, o valor contábil de um bem é reduzido ao longo do tempo, mas vale ressaltar que esse valor nunca chegará a zero, visto que como o desconto é percentual, sempre haverá um valor residual para o ativo.

 

A depreciação só é aplicada em bens que uma empresa irá manter sob sua posse por mais de um ano, visto que caso a empresa venda o bem no mesmo ano contábil, não será necessário calcular a depreciação do mesmo. Ou seja, o recurso da depreciação só é utilizado nos bens do ativo permanente da organização.

 

Logo, na maioria dos casos, a depreciação contábil é aplicada sobre os bens essenciais para o funcionamento da empresa. Entre os principais exemplos desses bens, estão imóveis, automóveis e maquinário da companhia. Em geral, esses são os principais bens utilizados para o funcionamento cotidiano de uma companhia e com durabilidade prolongada.

 

Esse é um dos motivos, inclusive, que grandes empresas costumam registrar cada um de seus bens em uma lista de ativos imobilizados. Até mesmo móveis como mesas e cadeiras são registrados, visto que facilitam o controle do ativo permanente da companhia, além de facilitar a aplicação da depreciação sobre todos os bens da companhia.

 

Fatores que desvalorizam os veículos

 

Diferentemente de alguns bens que valorizam com o passar dos anos, os veículos perdem seu valor devido a diversos fatores. Confira a seguir os principais fatores de depreciação de um veículo.

 

Tempo de fabricação

 

O primeiro motivo que leva um veículo a desvalorizar é o seu tempo de fabricação e o ano do modelo. Isso acontece porque os seus componentes se desgastam naturalmente, mesmo se você não estiver utilizando.

 

Via de regra, um carro com até dois anos de uso (seminovo) pode ter uma diferença de 15% entre o seu valor de compra e venda. Os carros mais antigos, com até cinco anos, perdem cerca de 10% do seu valor inicial. Já os veículos mais velhos chegam a perder 6% do seu preço de compra.

 

Quilômetros rodados

 

Outro fator que impacta a depreciação de um veículo é a sua quilometragem. Afinal, quando mais um automóvel é utilizado, mais os seus componentes se desgastam e maiores são os gastos com manutenção.

 

Em média, os veículos brasileiros novos têm uma quilometragem de 20.000 km. Assim, automóveis que rodam mais do que esse padrão pode sofrer uma depreciação maior, assim como os com mais de 60.000 km.

 

Histórico de acidentes

 

A depreciação de veículos também pode ser aumentada se eles já sofreram acidentes ou passaram por alagamentos. Isso acontece porque, mesmo após os reparos necessários, pode ser que o automóvel ainda apresente alguns defeitos, como:

 

  • Portas desalinhadas, que raspam nas laterais ou que não fecham corretamente;

 

  • Pintura com tons diferentes;

 

  • Porta-malas, para-choques e/ou capô desalinhados.

 

Por isso, antes de comprar um veículo usado ou seminovo, é importante consultar o seu histórico de acidentes no Ciretran utilizando o CSV (Certificado de Segurança Veicular). Além disso, pode ser útil consultar um mecânico para fazer uma avaliação geral.

 

Tecnologia desatualizada

 

Geralmente, carros mais antigos e com poucos recursos sofrem maior depreciação e são mais difíceis de revender. Algumas coisas que podem colaborar para isso incluem a falta de:

 

  • Ar condicionado;

 

  • Trava elétrica;

 

  • Vidro elétrico;

 

  • Direção hidráulica;

 

  • 4 portas;

 

  • Sistema de freios ABS;

 

  • Câmbio automático.

 

Conservação do veículo

 

A conservação de um veículo também tem grande influência sobre a sua depreciação, pois ela mostra qual nível de cuidado o carro como um todo recebeu e indica a probabilidade de ele apresentar problemas.

 

Por isso, é normal ver veículos seminovos e usados do mesmo ano de fabricação, quilometragem e tecnologia com preços diferentes. Tudo depende do seu estado de conservação.

 

Alterações no veículo

 

De forma geral, veículos usados e seminovos que sofreram poucas customizações tendem a perder menos de valor com o passar do tempo.

 

O motivo de as alterações aumentarem a depreciação de veículos é que, dependendo da customização, pode ter sido necessário mexer na sua parte mecânica, o que compromete a sua garantia.

 

Além disso, como geralmente as alterações refletem o gosto pessoal do proprietário, podem haver poucas pessoas que se interessem em comprá-lo. Assim, o seu preço de revenda é reduzido.

 

Algumas customizações permanentes que podem aumentar a depreciação dos veículos são:

 

  • Reduzir a suspensão;

 

  • Colocar rodas maiores;

 

  • Pintar com cores chamativas.

 

Como a depreciação afeta a frota da sua empresa?

 

Sem dúvida, a depreciação de veículos afeta principalmente o financeiro das empresas. Isso acontece porque quando um automóvel desvaloriza, ele gera mais gastos com manutenção e com combustível, além de reduzir o valor de venda e a competitividade da sua empresa.

 

Veja mais detalhes sobre isso a seguir.

 

Redução do valor de revenda

 

O primeiro impacto financeiro da desvalorização de veículos é a redução do valor de revenda. Como os veículos depreciados sofrem uma desvalorização anual e são mais difíceis de repassar, o seu valor de revenda é muito menor do que o de compra.

 

Baixa competitividade

 

Quando um veículo sofre depreciação por causa da sua tecnologia ultrapassada, a frota da empresa fica desatualizada. Como resultado, o seu negócio pode ter eficiência, produtividade e lucratividade reduzida.

 

Assim, sua empresa poderá se tornar menos atrativa para os seus clientes, reduzindo a sua competitividade diante dos concorrentes.

 

Manutenção

 

A depreciação de veículos também aumenta os gastos com manutenção de forma considerável. Afinal, quanto mais tempo de uso tem um automóvel, mais as suas peças sofrem desgaste.

 

Vale a pena lembrar que mesmo um veículo parado vai precisar de algum tipo de manutenção, como calibragem dos pneus.

 

Consumo de combustível

 

Por fim, a depreciação de veículos também está relacionada ao aumento de consumo de combustível. Isso pode acontecer por diversos motivos, como falta de manutenção e a forma como o motorista conduz o automóvel.

 

De forma geral, quanto mais antiga é uma frota, maiores são as chances de ela apresentar problemas com frequência.

 

Para que serve a taxa de depreciação?

 

A taxa de depreciação serve justamente para que o desgaste dos bens ao longo do tempo seja contabilizado. Sendo que o desgaste contabilizado independe da forma do desgaste, portanto, independente se o desgaste for gerado pela ação do clima ou pela utilização do bem, a taxa de depreciação será a mesma, conforme previsto na legislação vigente.

 

A função principal da taxa de depreciação para uma empresa é reduzir o lucro contábil, esse é um dos motivos para as empresas aplicarem esse recurso da forma mais eficiente possível. A partir da redução da contabilização da redução do lucro contábil, a empresa tende a reduzir os valores a serem pagos de IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

 

A taxa de depreciação é uniforme de acordo com o tipo de bem. Assim, a taxa de depreciação de um imóvel é a mesma, independentemente do valor comercial desse imóvel ou de onde ele está localizado. Nesse sentido, o percentual que será descontado anualmente do seu valor contábil será o mesmo para todos os imóveis.

 

Além disso, mesmo que um bem seja pouco utilizado ou muito utilizado, a taxa de depreciação aplicada sobre ele será a mesma. Logo, no caso dos veículos, por exemplo, mesmo que uma empresa utilize o veículo poucas vezes e outra empresa utilize um veículo igual todos os dias e esse esteja mais deteriorado, a taxa de depreciação a ser aplicada em ambos não será diferente.

 

Esses ativos sofrem depreciação todos os anos, em geral, essa contabilização é oficializada no momento de realizar a Declaração Anual de Ajuste do Imposto de Renda.

 

Aqui, faz-se necessário registrar que, para efeito de registro contábil, a depreciação é continua, ou seja, ela pode de fato correr até que o bem (imobilizado), possa ser avaliado do ponto de vista econômico, independente do tempo de vida útil. Entretanto, para fins fiscais, a depreciação só pode ser aplicada nos termos da IN nº 1.700/2017, observado o art. 323 do Decreto nº 9.580/2018 (Regulamento do Imposto de Renda).

 

A depreciação também deixa de ser aplicada quando a empresa realiza a venda do referido bem, ou seja, quando o bem não faz mais parte do ativo imobilizado da empresa.

 

Quais são os bens depreciáveis e não depreciáveis?

 

Um ponto importante de ser compreendido é que nem todos os bens do ativo imobilizado de uma empresa são depreciáveis. Por esta razão, existem bens depreciáveis e bens não depreciáveis entre os bens de uma organização.

 

Até mesmo bens do mesmo tipo, como imóveis, pode ser depreciáveis ou não depreciáveis. Essa diferenciação ocorre porque o fato de um bem sofrer depreciação está diretamente ligada ao seu uso para as atividades da empresa.

 

Bens depreciáveis

 

Entre os principais bens depreciáveis de uma empresa estão:

 

  • Imóveis utilizados para as atividades da empresa ou alugados e, portanto, geradores de renda;

 

  • Bens móveis utilizados para o desempenho das atividades da empresa;

 

  • Máquinas e equipamentos;

 

  • Veículos utilizados tanto para execução das atividades da companhia, como para transporte de funcionários.

 

Bens não depreciáveis

 

Entre os principais bens não depreciáveis de uma companhia estão:

 

  • Terrenos e imóveis não alugados e nem utilizados para as atividades da empresa;

 

  • Itens que podem aumentar de valor ao longo do tempo, como obras de arte;

 

  • Bens que tenham vida útil menor que um ano;

 

É possível verificar que a diferenciação entre os bens depreciáveis e não depreciáveis seguem uma lógica. Caso um bem não seja utilizado para as atividades da empresa, ele em geral não será considerado um bem depreciável, ao passo que os bens pelos quais a empresa execute suas atividades ou seja gerador de renda entrará na lista de bens depreciáveis.

 

Por outro lado, também existem pontos mais específicos da lista de bens não depreciáveis. Entre esses pontos estão os bens que podem aumentar de valor ao longo do tempo. Em geral, esses tipos de bens são itens com valor histórico, como obras de arte ou ainda relíquias ou antiguidades.

 

Além disso, há também aqueles bens que possuem vida útil muita curta e nem chegam a ultrapassar um ano calendário. Em geral, esses itens são bens menores de uso de curta duração e possuem baixo impacto no montante geral do ativo imobilizado da companhia.

 

Como calcular a depreciação?

 

A título de exemplificação, consideremos que se uma empresa compra uma peça de equipamento por R$ 50.000,00. A mesma pode considerar, em sua contabilidade, o custo total do ativo no primeiro ano, ou pode escrever o valor do ativo sendo diminuído durante a vida útil do mesmo, que nesse caso hipotético, é considerado de 10 anos.

 

É por isso que, normalmente, os empresários simpatizam com esse recurso contábil. A maioria dos proprietários de empresas prefere gastar apenas uma parcela do custo, o que aumenta artificialmente o lucro líquido no período de aquisição do mesmo.

Além disso, o equipamento em questão pode ser vendido, vamos supor, por R$ 10.000,00, que foi o seu valor após a desvalorização natural que ocorre naturalmente em um processo de revenda. Entretanto, não há como negar que a empresa em questão possui o valor real referente a montante financeiro a considerar como um ativo em seu balanço patrimonial.

 

Dito isso, normalmente o contador, utilizando-se desse princípio contábil, calcula a despesa de depreciação como a diferença entre o custo do bem e o seu valor de revenda, dividido pela vida útil do ativo.

 

Exemplo de cálculo de depreciação

 

O cálculo neste exemplo de um bem no valor de R$ 50.000,00 seria, então, desenvolvido da seguinte maneira:

 

  • Depreciação = (R$ 50,000 – R$ 10,000) / 10

 

De acordo com a equação acima, portanto, a depreciação, neste caso, seria então de R$ 4.000,00. Isso significa que o contador da empresa não precisa descontar do fluxo de caixa da empresa os R$ 50,000 inteiros, mesmo que esse tenha disso o valor pago em dinheiro. Em vez disso, a empresa precisa considerar o desconto de R$ 4.000,00 em cima do lucro líquido.

 

Ou seja, a empresa terá que considerar o desconto, em suas Demonstrações do Resultado do Exercício, de mais R$ 4.000 no próximo ano. Além disso, terá que considerar outros R$ 4.000 no ano seguinte, e assim por diante, até que o valor do equipamento seja completamente cancelado no décimo ano após a sua aquisição.

 

Quais são os tipos de depreciação?

 

Os métodos para realizar o cálculo da depreciação podem ser diferentes. Isso ocorre porque a depender da estrutura de uma empresa pode ser interessante utilizar um ou outro método. Dessa forma, é importante conhecer todos os tipos de depreciação e avaliar qual se encaixa melhor para cada empresa.

 

Depreciação Linear

 

A Depreciação Linear é a mais comum entre os tipos de depreciação, visto que ela considera que o bem se desvaloriza aos poucos ao longo do tempo. Por esse motivo, esse é o método mais utilizado pelas empresas.

 

Além de ser a que representa de forma mais próxima a real desvalorização de um bem, ela também é a mais simples de ser calculada. Visto que basta aplicar o percentual de depreciação sobre o valor do bem ao longo dos anos.

 

Depreciação Acelerada

 

A Depreciação Acelerada é utilizada por um tipo específico de empresa, que são aquelas que operam seu maquinário por dois ou três turno diários. Ou seja, são empresas que utilizam suas máquinas por 16 ou até mesmo 24 horas diárias, conforme disposto no art. 323 do Decreto nº 9.580/2018 (Regulamento do Imposto de Renda).

 

Nesses casos, a taxa de depreciação pode ser aumentada de acordo com a utilização dos bens. Para um bem cuja a taxa de depreciação seja de 10% para utilização de um turno, nesses casos excepcionais será de 15% no caso de turno de 16 horas e de 20% no caso de um turno de 24 horas.

 

Depreciação Acumulada

 

Depreciação Acumulada é na prática a soma da depreciação de todos os bens de uma companhia. Apesar de parecer um conceito simples, ele também é importante porque esse é o valor que será apresentado no balanço patrimonial de uma empresa.

 

Sendo assim, apesar de cada bem possuir a sua taxa de depreciação específica, os valores da depreciação de todos os bens serão somados pelo contador. A partir desse número ele irá abater do resultado final da companhia.

 

Depreciação Gerencial

 

A Depreciação Gerencial é um recurso contábil utilizado normalmente para controle interno. Esse fato ocorre porque esse tipo de depreciação é utilizado quando um bem ultrapassou a sua vida útil ou não é mais utilizado pela indústria.

 

Assim, a depreciação gerencial serve para a empresa mensurar qual deve ser o valor para esse bem ser vendido. Nesse caso, apesar de não ter mais vida útil, a companhia consegue calcular um valor compatível com seu nível de desgaste.

 

Quais as diferenças entre a depreciação e amortização?

 

Como já apontado, a depreciação é o abatimento sobre o valor de um bem tangível, ou seja, bens físicos, como bens imóveis, veículos, entre outros. Já a amortização é o abatimento de bens intangíveis, como é o caso de marcas e patentes por exemplo. Em suma, ela incide sobre algum direito legal geralmente detido por contrato.

 

A depreciação e amortização são conceitos bem diferentes, mas pelo fato de ambos serem uma forma de abater um valor sobre um bem, pode haver confusão entre esses dois recursos. Ambos são utilizados nas demonstrações contábeis de uma empresa.

Vale ressaltar que tanto os bens nos quais incidem a depreciação como os bens em que incidem a amortização são registrados no ativo de uma companhia. Logo, bens como marcas e patentes são registrados no ativo de uma companhia e normalmente possuem uma validade gerida por contrato ou pela própria legislação.

 

Portanto, a forma de amortizar cada bem deve variar de acordo com as condições e peculiaridades de cada bem intangível e cada contrato estabelecido. Portanto, um bem intangível com validade de 5 anos, deve ter seu valor de amortização dividido ao longo desses cinco anos de forma que ao final do período de validade desses bens que sofrem amortização cheguem a zero.

 

Em caso de renovação contratual, em termos contábeis, é como se fosse adquirido um novo bem pela empresa. Portanto, a amortização começará de novo visando chegar a zero ao final do novo contrato.

 

Sendo assim, da mesma forma que é aplicada a taxa de depreciação sobre um bem tangível, a contabilidade de uma empresa pode amortizar o valor de um bem intangível. Esse recurso contábil tem a mesma finalidade que a depreciação, o qual é abater o valor amortizado do lucro líquido da companhia e reduzir o valor a ser pago em IRPJ e CSLL.

 

Como minimizar a depreciação dos veículos da sua empresa?

 

Embora não seja possível impedir que a depreciação de veículos aconteça, ela pode ser minimizada. Veja algumas coisas que a sua empresa pode fazer.

 

Tome cuidados com as alterações

 

É normal que as empresas customizem seus veículos de acordo com a sua imagem visual. Nesses casos, o mais indicado é não fazer alterações permanentes nos automóveis.

 

Caso você queira que a sua frota tenha a sua marca estampada, prefira a adesivagem ou envelopamento. Afinal, carros básicos são vendidos com mais facilidade.

 

Além disso, para minimizar a depreciação, as alterações estruturais devem ser evitadas ao máximo.

 

Prefira veículos que possuam adicionais

 

Investir em veículos com itens opcionais também é uma ótima forma de valorizá-los na hora da revenda.

 

Itens como ar condicionado, direção elétrica e alarmes proporcionam maior conforto ao motorista e fazem com que os veículos sejam mais procurados para compra.

 

Faça a gestão de manutenção da sua frota

 

Sem dúvida, a gestão de manutenção é a forma mais eficaz de minimizar a depreciação de veículos da sua frota.

 

Quando todos os tipos de manutenção são feitos periodicamente, o veículo fica melhor conservado, o que se torna um grande atrativo na hora da revenda.

 

Troque sua frota regularmente

 

Mesmo com a manutenção adequada, a depreciação de veículos é inevitável.

 

Algumas empresas optam por trocar os veículos da frota uma vez por ano. Assim, eles conseguem se manter sempre atualizados. Mas, isso pode não ser o melhor para todos os tipos de negócios.

 

Qual a importância do conceito de depreciação no mercado financeiro?

 

conceito de depreciação no mercado financeiro é importante especialmente para a análise de investidores. Tanto para aqueles que investem no mercado de renda variável como para aqueles que investem em ativos como fundos imobiliários, entender bem esse conceito pode melhorar a capacidade de análise.

 

No caso da análise de um fundo imobiliário, por exemplo, é importante que o investidor compreenda qual a vida útil dos imóveis que compõe esse fundo. Dessa forma, compreender esse tipo de conceito facilita para que o investidor consiga calcular a real capacidade de geração de renda desse tipo de investimento.

 

No caso das empresas listadas em bolsa, a análise é mais centrada nos seus respectivos balanços. A depreciação e amortização dos ativos da companhia podem contribuir para entender quando a empresa terá que realizar novos investimentos para atualizar seus bens e também se a contabilidade da empresa está sendo gerida de forma eficiente.

 

Em especial, para quem investe com foco em dividendos, a análise sobre qual a vida útil dos principais ativos de uma companhia pode ser ainda mais importante. Visto que a necessidade de renovação dos bens pode significar um lucro líquido menor durante um período e, portanto, uma distribuição de dividendos reduzida.

 

Além disso, o conceito de depreciação é essencial para compreender o tempo de maturação que pode levar um novo investimento. Logo, quando uma empresa passa por períodos de novos investimentos, a vida útil de bens adquiridos pode contribuir para ajustar as expectativas do investidor.

 

Apesar de ser um conceito complexo, chegando a ser discutido durante semestres inteiros em cursos superiores, para um investidor, compreender a essência da depreciação é necessário. Inclusive pode contribuir de maneira direta para os seus resultados no que diz respeito a uma análise fundamentalista de uma empresa de capital aberto e também para ativos como Fundos de Investimento Imobiliários ou simplesmente FIIs.

 

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Fonte de Pesquisa:  Suno/Rabbot.

Revisão, ampliação e atualização: Equipe Zannix Brasil

 

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