Por Marketing Zannix Brasil – 23 de agosto de 2021.
Todo gestor sabe que erros de gestão financeira podem tornar a missão de administrar um negócio muito mais complexa. Quando o setor financeiro está comprometido, qualquer descuido ou erro pode levar a organização ao colapso. Por isso, o planejamento financeiro empresarial é princípio básico para assegurar o controle e a saúde financeira de qualquer empresa.
Contudo, é muito comum que essa necessidade fundamental seja negligenciada pelos gestores, levando as organizações a cometerem erros de gestão financeira significativos.
Então, vamos apresentar nesse artigo os 19 erros de gestão financeira mais comuns, e como eles afetam os negócios:
- Não conhecer o valor da empresa;
- Não analisar constantemente o desempenho da empresa;
- Não ter conhecimento sobre o rendimento operacional da empresa;
- Não conhecer os detalhes de todas as operações;
- Não especificar objetivos e metas;
- Não fazer o fluxo de caixa;
- Não entender que o mercado é quem define o preço;
- Não controlar os prazos de vencimento;
- Não controlar o estoque;
- Não separar contas pessoais das contas empresariais;
- Não levar em consideração o capital de giro;
- Não provisionar despesas de final e início de ano;
- Não separar o uso dos recursos;
- Não saber gerir o lucro obtido;
- Não investir em um sistema de gestão financeira.
- Elisão Fiscal
- Planejamento Orçamentário
- Controle Patrimonial
- Retenções e Recolhimento de Impostos
O que é Gestão Financeira?
Gestão financeira, a grosso modo, é um conjunto de ações que visam potencializar o resultado econômico de um negócio. Em outras palavras, recursos pecuniários são geridos para otimizar a lucratividade do negócio.
Uma gestão financeira de negócios traz muitas vantagens para a empresa, como:
- Facilita a identificação de oportunidades de investimento;
- Permite fazer uso inteligente dos recursos;
- Estrutura um gerenciamento de riscos eficiente;
- Torna o retorno mais expressivo;
- Reduz a perda de ganhos;
- Protege a estabilidade da organização, e assim por diante.
É certo dizer que o sucesso de qualquer negócio está diretamente ligado ao seu controle econômico.
Dar a importância devida a esta função administrativa é essencial para potencializar os resultados e diminuir o risco dos perigosos erros de gestão financeira.
Qual é a importância da gestão financeira?
Entendido o que é gestão financeira, vamos à sua importância.
A gestão financeira lucrativa é um dos principais pilares do universo corporativo, já que lida diretamente com os recursos de toda organização. Por isso, abrange:
- Planejamento financeiro;
- Gestão de fluxo de caixa;
- Pagamentos e transações operacionais;
- Projeções para períodos futuros.
A partir desse controle de dados, o gestor tem uma visão mais ampla dos processos organizacionais, tornando o monitoramento das movimentações financeiras mais apropriado e eficiente.
Somente por meio de uma gestão financeira de negócios, a empresa é capaz de:
- Sobreviver às oscilações do mercado competitivo;
- Potencializar a rentabilidade da empresa;
- Evitar despesas desnecessárias.
Com ela, um melhor aproveitamento dos recursos é estruturado e a possibilidade de fazer investimentos mais precisos é otimizada.
Erros de Gestão Financeira: quais os principais?
“É errando que se aprende”.
Quem nunca ouviu esse ditado popular?
A questão é que, no universo corporativo, não há tempo para erros de gestão financeira. Qualquer falha compromete o andamento do negócio. Alguns desses erros de gestão financeira podem ser decisivos.
O melhor caminho para evitar a ocorrências de tais problemas é conhecendo os mais comuns e preparando a equipe para preveni-los e/ou combatê-los.
Confira a seguir os 19 erros de gestão financeira mais comuns do mercado.
1. Não conhecer o valor da empresa
Não saber o real valor do negócio é o primeiro dos 19 erros de gestão financeira mais comuns do mercado.
É provável que você conheça:
- O faturamento da empresa;
- As dívidas;
- O retorno mensal, dentre outros dados econômicos da empresa.
Entretanto, é provável que não faça ideia do seu real valor patrimonial (VP).
Sem essa compreensão clara, qualquer avaliação de crescimento é incerta, já que o parâmetro de avaliação é hipotético.
Por isso, é essencial que o VP da organização seja calculado. Para isso, basta que o patrimônio líquido (ou capital próprio) seja dividido pelo número de ações emitidas.
2. Não analisar constantemente o desempenho da empresa
Outro erro de gestão financeira comum é desconhecer o desempenho da organização.
É preciso que os gestores conheçam mais do que o fluxo de caixa para entender suas forças e fraquezas no mercado. Eles devem entender sobre:
- Custos;
- Despesas;
- Investimentos;
- Vendas;
- Faturamentos;
- Impostos, e assim por diante.
A falta de compreensão desses processos e das importâncias de cada etapa, impossibilita o desenvolvimento de estratégias para melhorar os resultados do negócio.
Uma boa gestão financeira lucrativa deve sustentar:
- Um controle preciso;
- Um planejamento eficiente;
- Uma análise constante das movimentações financeiras.
3. Não ter conhecimento sobre o rendimento operacional da empresa
Ter conhecimento sobre os rendimentos mensais da empresa é essencial para uma boa gestão, por isso é um erro de gestão financeira desconhecer a capacidade operacional do negócio.
Tendo em mente o quanto a empresa lucrou, de onde veio o investimento, qual o valor de giro, para onde vão os recursos, dentre outros, os gestores podem otimizar o seu trabalho analítico e estratégico.
Desta forma, o desenvolvimento de novos planos de ação e cortes de investimentos falhos ou desnecessários se tornam mais simples.
Os gestores devem organizar esses dados em softwares de gestão inteligentes e práticos, como softwares especializados.
4. Não conhecer os detalhes de todas as operações
Os gestores devem conhecer o funcionamento de todas as operações financeiras do negócio, só assim será possível identificar com eficiência os possíveis gargalos que estão impedindo a conquista de melhores resultados.
Os “detalhes” devem ser analisados criteriosamente para que situações críticas possam ser antecipadas e os interesses do negócio sejam protegidos.
Entre os fatores que precisão de acompanhamento estão:
- Fluxo de caixa;
- Volume de produtos em estoque;
- Custo por produto;
- Folha de pagamento;
- Oferta de benefícios, dentre outros.
5. Não especificar objetivos e metas
Outro dos 19 erros de gestão financeira é a falta de objetivos e metas claras. A ausência de um alvo específico compromete as estratégias mercadológicas e a motivação no trabalho.
Em uma lógica simples, para chegar a um determinado lugar é preciso traçar uma rota inteligente e conhecer os detalhes do percurso.
O planejamento financeiro é justamente esse estudo e preparação, por isso é parte essencial de qualquer proposta de transformação.
Os gestores devem desenvolver planejamentos com metas específicas e estruturar táticas e metodologias que tornem essa conquista lucrativa.
6. Não fazer o fluxo de caixa
Manter um fluxo de caixa atualizado e devidamente controlado é indispensável para evitar erros de gestão financeira.
Afinal, com ele é possível controlar:
- Os recursos disponíveis;
- A receita gerada em vendas;
- O montante destinado a despesas;
- A entrada e saída de fundos;
- Histórico de pagamento de clientes, e assim por diante.
Vale ressaltar que o fluxo de caixa não é apenas uma ferramenta de controle de dados passados, em que os gastos e o lucro são atualizados em planilhas, mas sim uma importante métrica para estratégias futuras.
Os gestores devem dominar os dados do fluxo de caixa para desenvolver um planejamento mais adequado e realista.
7. Não entender que o mercado é quem define o preço
Outro dos 19 erros de gestão financeira é a falta da compreensão de que o mercado é quem determina os preços de qualquer produto ou serviço.
Criar preços baseados em “achismos” pode levar o seu negócio a ruína.
Para assegurar uma análise inteligente e uma precificação correta, é preciso calcular:
- Todos os custos;
- Margens de lucro;
- Preços usados pela concorrência, dentre outros.
E assim, ir ajustando processos e posicionamentos até atingir o retorno esperado.
Os gestores devem investir em uma pesquisa criteriosa de mercado para assegurar uma precificação comercialmente eficiente.
8. Não controlar os prazos de vencimento
Não controlar os prazos de pagamento pode soterrar o negócio em dívidas.
Gestores que não mantém um fluxo de caixa bem estruturado e atualizado correm maior risco de:
- Atrasar pagamentos;
- Receber multas para a empresa;
- Pagar tarifas e juros;
- Comprometer parte do lucro.
Não controlar os prazos de pagamento pode interferir diretamente no controle financeiro e desencadeia uma série de situações que levam a um crescimento insustentável.
Por isso, é indispensável que os gestores tenham todas as datas organizadas e os pagamentos programados.
Uma maneira de otimizar esse gerenciamento é por meio da adoção de softwares de gerenciamento financeiro especializados.
9. Não controlar o estoque
A falta de controle do estoque é outro dos 19 erros de gestão financeira que podem comprometer o seu negócio. Além de levar a prejuízos sérios se mal controlado, um estoque mal gerido ainda pode manter um bom valor de investimento estagnado.
Um estoque apropriado deve portar itens que supram a demanda da organização, nem menos (perda de vendas) e nem mais (prejuízo).
Os gestores devem conhecer bem o fluxo de vendas para definir os valores de estoque, por isso acompanhar a rotina e o andamento dos processos é fundamental.
10. Não separar contas pessoais das contas empresariais
Este é um erro de gestão financeira clássico. Muitas vezes, quando os próprios donos do negócio são os responsáveis pelo controle financeiro, as contas pessoais e empresariais acabam se misturando.
Esse uso bagunçado onera o fluxo de caixa e compromete o capital de giro da organização. Afinal, se o empreendedor tira dinheiro do caixa para sanar uma pendência pessoal, a empresa fica à mercê de empréstimos caso seu ciclo operacional necessite reforços.
Aqui, não há outra solução se não a separação das contas. Os gestores podem introduzir essa proposta, apresentando dados e riscos reais do negócio.
11. Não levar em consideração o Capital de Giro
Outro dos 19 erros de gestão financeira é a negligência do Capital de Giro. Para que qualquer empresa se desenvolva, é preciso que investimentos eficientes sejam realizados.
Em outras palavras, os gestores deverão controlar o setor financeiro com eficiência para que o Capital de Giro atenda as demandas fundamentais do negócio. E assim, investimentos estratégicos possam ser estruturados e o crescimento organizacional estimulado.
12. Não provisionar despesas de final e início de ano
Pode parecer óbvio, mas muitos gestores cometem o erro de não provisionar as despesas obrigatórias de fim de ano e acabam desestruturando todo setor financeiro.
Entre as despesas que devem ser consideradas estão:
- Décimo terceiro salário;
- Encargos de férias;
- IPTU (imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana);
- IPVA (imposto sobre a propriedade de veículos automotores), dentre outros.
Esquecer de contabilizá-los pode gerar grandes brechas no orçamento empresarial e ainda, correr o risco de sofrer intervenções legais.
Por isso, os gestores devem criar um planejamento financeiro anual, semestral, trimestral ou mensal que considere todos as despesas com antecedência.
13. Não separar o uso dos recursos
Pagar dívidas com o lucro da organização é um dos erros de gestão financeira mais comuns.
Muitos gestores, por falta de organização, planejamento e responsabilidade, comprometem os ganhos do negócio quitando débitos expressivos. E assim, deixam a organização vulnerável às oscilações do mercado.
O mais indicado para resolver situações de dívidas é procurar um especialista em educação financeira e pedir orientações específicas para a situação da sua empresa.
14. Não saber gerir o lucro obtido
Para assegurar uma gestão financeira lucrativa, é preciso que os gestores saibam gerir o lucro conquistado.
Assim como dissemos no item anterior, o uso indevido desse montante pode tornar o negócio vulnerável às transformações do mercado, por isso estudos criteriosos devem ser realizados.
Uma boa forma de usar o lucro obtido é investindo-o dentro da própria organização, com:
- Capacitação da força de trabalho;
- Otimização da satisfação;
- Melhora no ambiente operacional;
- Estimulação do clima organizacional, dentre outros.
15. Não investir em um sistema de gestão financeira
Muitas empresas ainda não adotam sistemas digitais de gestão financeira, o que representa o 15º erro da gestão financeira.
Seja por acreditar que é um gasto desnecessário ou por desconhecer as vantagens dessas tecnologias, gestores acabam negligenciando o avanço do mercado e colocam o seu negócio para trás da concorrência.
Entre as vantagens dos softwares de gerenciamento financeiro podemos destacar:
- Automatizam atividades repetitivas como emissão de folha de pagamento, gestão de estoque, contas, etc.;
- Potencializam a produtividade;
- Otimizam o tempo de trabalho;
- Fortalecem o controle de dados;
- Possibilitam a criação de relatórios inteligentes;
- Melhoram a eficiência operacional, dentre outros benefícios.
Ou seja, essas tecnologias já são recursos obrigatórios para assegurar um posicionamento interessante no mercado.
Implementar novas formas de gerenciar custos e despesas pode ajudar sua empresa a fazer uma melhor gestão financeira do negócio.
Um exemplo de ferramenta que pode contribuir para isso é o Conta Azul, parceira da Zannix Brasil, que é uma excelente ferramenta de gestão financeira, sem contar o custo benefício quando adquirida através de parceira com a Zannix Brasil.
16. Elisão Fiscal
A elisão fiscal é uma estratégia contábil que tem como objetivo reduzir os custos da carga dos impostos de uma empresa por meio de um planejamento tributário. Ela permite que uma empresa otimize o seu processo de escolha por um regime de pagamento de impostos — Simples Nacional, Lucro Real, Arbitrado ou presumido, sem burlar o pagamento dos impostos.
Existem algumas alternativas previstas na lei de forma clara e outras que se apropriam das brechas legais para que a redução de tributos seja viável. Tudo é possível ser realizado sem descumprir nenhuma obrigação, por meio deste planejamento tributário, para que as empresas saiam ganhando e economizem.
17. Planejamento Orçamentário
Planejamento Orçamentário significa planejar as Receitas, Custos, Despesas e Investimos que sua empresa estima para os próximos meses ou anos à frente. É como uma “contabilidade de trás para frente”, pois a contabilidade se preocupa em registrar as entradas e saídas financeiras que já ocorreram, enquanto o Planejamento Orçamentário busca “antecipar o futuro”, para que sua empresa possa se preparar melhor para o que está por vir.
Mas não devemos confundir Planejamento Orçamentário com adivinhação ou chute. Muito pelo contrário! Estamos falando de uma disciplina que busca sempre se embasar em fatos e argumentos para realizar as previsões mais precisas e exatas possíveis.
Existem diversas formas de fazer isto. Seja partindo do seu Planejamento Estratégico, Tático e Operacional e convertendo-o em números, usando um orçamento com base no histórico dos anos anteriores, envolvendo os gestores que mais conhecem de cada departamento por meio do Orçamento Colaborativo ou usando para isto diversas outras técnicas. Jamais adivinhação!
18. Controle Patrimonial
O controle patrimonial pode ser entendido como a gestão ou gerenciamento de todo o patrimônio de uma empresa.
Sendo assim, o controle de patrimônio engloba o acompanhamento, desde os ativos tangíveis – como imóveis, dinheiro em caixa, estoque, investimentos e mais – quanto os ativos intangíveis do negócio – como o valor da sua empresa ou marca, softwares, direitos autorais, licenças, entre outros.
Relembrando, os ativos de uma organização são os bens e direitos que um negócio possui e que podem ser convertidos em meios monetários.
19. Retenções e Recolhimento de Impostos
Se você já tem uma empresa, é provável que já teve dúvida tipo o que é retenção de impostos. Esta retenção nada mais é do que um provisionamento feito pelo Governo Federal ao antecipar parte dos valores devidos pelas empresas em impostos.
Isto acontece como forma de combate à sonegação e vai depender muito do tipo de atividade de cada empresa, bem como do regime tributário adotado pela mesma. Pode não parecer, mas esta retenção antecipada, se não for rigorosamente observada, pode gerar grande “dor de cabeça” aos administradores. Recebimentos errados ou até o não recolhimento de tributos podem acarretar em dívidas e ônus não previstos pela empresa.
Conhecendo esses 19 erros de gestão financeira, os gestores da sua empresa se prevenir e estruturar planos para proteger os resultados do negócio.
A gestão financeira do negócio é uma estratégia de trabalho importante para o planejamento, captação de recursos e investimentos e para a própria organização da sociedade empresarial.
Por meio de estratégias eficientes e compatíveis com a real situação do negócio, o crescimento se torna uma consequência inevitável.
Conseguiu entender tudo? Se ainda tiver alguma dúvida sobre os erros de gestão financeira, conta pra gente aqui nos comentários. Nossa equipe de especialistas pode te ajudar.
Fontes pesquisadas: Jornal Contábil, Conta Azul; e Xerpay.
Adequação e Atualização: Zannix Brasil